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SAÚDE

Ansiedade e estresse podem afetar fertilidade; cuidar da mente também é parte do tratamento

Saúde emocional influencia diretamente a capacidade reprodutiva de homens e mulheres; entenda

16/04/2025 10h57
Por: Redação
Fonte: Brazil Health / Sbt News
Ansiedade pode afetar a fertilidade; entenda como | Freepik
Ansiedade pode afetar a fertilidade; entenda como | Freepik

A busca pela fertilidade costuma vir acompanhada de muitas dúvidas, expectativas e pressões — internas e externas. Questões como o melhor momento para ter filhos, como equilibrar maternidade e carreira, ou qual o número ideal de filhos, podem gerar insegurança e ansiedade nos casais. Por isso, abordar o tema com clareza desde o início de uma relação pode evitar frustrações futuras.

Conversar sobre o desejo de ter filhos antes de firmar um compromisso pode evitar surpresas. Da mesma forma, incluir o planejamento familiar nas conversas sobre carreira e projetos de vida ajuda a alinhar expectativas.

Idealmente, a gestação deve ocorrer antes dos 35 anos para as mulheres e, preferencialmente, antes dos 40, considerando a queda natural da fertilidade e o aumento dos riscos genéticos. Embora o declínio da fertilidade nos homens ocorra de forma mais tardia, ele também acontece, geralmente a partir dos 45 a 50 anos.

Menos pressão, mais leveza

Evitar contar a familiares e amigos que o casal está tentando engravidar pode ajudar a reduzir cobranças e ansiedade desnecessárias. A taxa média de sucesso de gravidez por ciclo para casais saudáveis gira em torno de 20%, alcançando aproximadamente 75% após seis meses. No entanto, em uma sociedade acostumada à instantaneidade, a espera pela gravidez pode se tornar um fardo emocional significativo.

Quando a gestação não ocorre, buscar auxílio especializado é fundamental para um diagnóstico assertivo e a escolha do tratamento mais adequado, evitando frustrações com terapias ineficazes ou tentativas prolongadas sem sucesso.

Saúde mental também precisa de atenção

Estudos mostram que entre 20% e 30% dos casais com infertilidade apresentam sintomas de ansiedade, e até 80% relatam sintomas depressivos, dependendo da população analisada.

Esses índices também se refletem na vida sexual do casal, exigindo um olhar mais amplo para o tratamento. O acompanhamento com psicólogos ou psiquiatras pode ser fundamental para lidar com frustrações, manter a conexão emocional entre os parceiros e enfrentar os desafios até a realização do sonho de ter filhos.

O uso de medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos também deve ser monitorado, pois pode interferir na fertilidade. A recomendação é sempre discutir o tratamento com o médico especialista, que saberá orientar o casal de forma segura.

Mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e perda de peso, também contribuem para a melhora do bem-estar, além de reduzir os sintomas de ansiedade e depressão.

Conclusão

O caminho para a gravidez pode ser mais longo e emocionalmente exigente do que se imagina. Por isso, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Com apoio adequado, diálogo aberto e um olhar integral para a saúde, o sonho da maternidade e da paternidade se torna mais leve e possível.

*Dani Ejzenberg é ginecologista e especialista em Reprodução Assistida credenciado pelo CRM – 100673

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