Esta quinta-feira, 13 de março, é o Dia Mundial do Rim. O órgão que "filtra" o sangue, elimina toxinas do corpo e atua no equilíbrio de minerais, água e sal do organismo.
Seu mau funcionamento pode indicar Doença Renal Crônica (DRC), que afeta mais 10 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. A condição se caracteriza pela incapacidade do órgão de realizar sua função, de maneira parcial ou completa, o que leva a um desequilíbrio no organismo.
Os sintomas vão de sangue na urina até convulsões. A boa notícia é que a doença pode ser prevenida ou diagnosticada precocemente, o que pode evitar complicações.
Neste ano, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) lançou a campanha "Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber".
A doença é silenciosa e só dá sinais em estágio já avançado, segundo o nefrologista Rafael Bagustti. Entre eles estão gosto amargo na boca, tontura e pressão descontrolada.
Por isso, o exame de creatinina é um dos principais indicadores da função renal e pode detectar anormalidades ainda nos estágios iniciais da doença renal crônica. Ele está disponível na rede pública de saúde.
Outros métodos indicados para o diagnóstico de doenças renais é a Taxa de Filtração glomerular (TGF), exame sumário de urina (EAS) e exames de imagens como ultrassonografia dos rins e das vias urinárias, que também podem ser feitos pelo SUS.
É essencial que os exames sejam feitos regularmente, pelo menos uma vez por ano, segundo recomendação da Sociedade de Nefrologia, principalmente para pessoas com mais de 40 anos.
Bagustti fala da importância de diagnosticar alterações nas funções renais logo no início e faz um alerta contra o uso descontrolado de medicamentos:
"O anti-inflamatório, apenas uma dose, pode causar uma lesão renal que pode ser aguda e ela pode ficar crônica", ressalta.
Se não tratados precocemente, problemas renais também podem comprometer a saúde cardiovascular e aumentar o risco de complicações graves antes mesmo da necessidade de diálise – procedimento artificial "faz o trabalho" dos rins, como a remoção dos resíduos e a água em excesso no sangue.
Em caso de alteração no exame, é possível tomar algumas medidas , para evitar a doença renal crônica, como o tratamento e o controle da diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares, além de parar de fumar e controlar o consumo de álcool, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, é recomendada a prática de atividade física e a redução do consumo de alimentos ricos em sódio, colesterol, potássio e triglicérides, de acordo com a nutricionista Diana Ruffato.
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